"Completamente fora do real". Essa é a definição do secretário de Educação do Rio Grande do Sul, Jose Clovis de Azevedo, para o critério de reajuste do piso nacional dos professores. Crítico do uso do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) para o aumento do salário-base, Azevedo afirma que os atuais reajustes não dão segurança aos Estados e é enfático: "ninguém paga o piso no Brasil".
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou ontem que o piso nacional do professor será reajustado em 7,97% em 2013, chegando a R$ 1.567, ante os R$ 1.451 anteriores. O percentual de aumento no salário é o menor em três anos: em 2012, ficou em 22,2% e, em 2011, em 16%.
O governo do Rio Grande do Sul paga desde abril do ano passado um complemento temporário aos professores para evitar ganhos inferiores ao piso nacional. O abono foi anunciado após um acordo com o Ministério Público Estadual para evitar prejuízos da categoria enquanto o Estado recorria ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo uso do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) na definição do piso.
Governado pelo ex-ministro da Educação Tarso Genro (PT), que assinou a lei do piso em 2008, o Rio Grande do Sul alega ter um plano de carreira definido com base no INPC, segundo o qual o salário-base chegaria a R$ 1.260 em novembro de 2014, valor inferior ao já previsto pelo Ministério da Educação (MEC) em 2012. A lei do piso prevê reajustes anuais com base no valor por aluno no Fundeb.
Confira o texto e entrevista no Terra.
2 comentários:
É um caso do Governador Tarso Genro discordando de uma lei feita pelo Ministro da Educação Tarso Genro.
Sou professora e petista e, se esta declaração vem justamente de um membro do meu partido (que criou a lei!), o que dizer dos Estados governados por partidos de oposição, como SP???!!! TOTAL DECEPÇÃO!!!
Postar um comentário