A censura judicial ainda é um problema no Brasil com centenas de ações promovidas por empresários, políticos e funcionários públicos alegando que jornalistas críticos ofenderam a honra ou privacidade. É esse o resultado da pesquisa realizada pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) e divulgada nesta semana. O levantamento colocou o país entre os 10 do mundo onde a liberdade de imprensa corre perigo.
"Os querelantes tipicamente procuram ordens judiciais para impedir que jornalistas publiquem qualquer outra informação sobre eles e para retirar do ar materiais disponíveis online. No primeiro semestre de 2012, de acordo com o Google, os tribunais brasileiros e outras autoridades enviaram à empresa 191 ordens judiciais para a remoção de conteúdo", explica o documento.
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Mais um trecho:
"O relatório anual, chamado de "Ataques à Imprensa", aponta o crescimento no número de assassinatos de jornalistas e "legislação restritiva que coloca em risco o jornalismo independente". O estudo traz a lista "Países em Risco", em que o Brasil superou os índices e, em 2012, registrou dados que o tornou o quarto país mais letal do mundo para a imprensa.
"Seis dos sete jornalistas mortos nos últimos dois anos haviam noticiado a respeito de corrupção oficial ou crime e todos, com exceção de um, trabalhavam em áreas interioranas. O sistema judiciário brasileiro não conseguiu acompanhar o ritmo", explica o texto do CPJ, que foi produzido levando em conta seis indicadores: mortes, prisões, legislação restritiva, censura estatal, impunidade nos ataques contra a imprensa e quantidade de jornalistas exilados."
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