Ouvi o nome de Perry Fellwock pela primeira vez algumas semanas após Edward Snowden, o antigo funcionário de inteligência de 26 anos, entrar na história com seus laptops cheios de segredos da NSA. Após o Guardian começar a publicar artigos baseados nos documentos de Snowden, o site anti-segredos Cryptome repostou o artigo original da Rampart de 1972,“Electronic Espionage: A Memoir” (Espionagem Eletrônica: Uma Memória, em tradução livre), no qual Fellwock havia denunciado a NSA.
Fellwock, sob seu pseudômino Winslow Peck, foi apresentado como:
um analista da NSA no posto de escuta da Istambul por dois anos e meio. Ele participou dos jogos mortais de esgrima internacional que acontecem diariamente com a União Soviética, traçando suas forças aéreas e terrestres e penetrando suas defesas.
Na época, apenas os contornos mais amplos das atividades da NSA haviam sido publicadas na imprensa. Sua sede não tinha nenhuma marca, sua descrição nos documentos oficiais do governo dos EUA era restrita e absurdamente vaga: “realiza funções altamente especializadas técnicas e coordenativas relacionadas à segurança nacional.” O espetáculo pós-Snowden do chefe da NSA dando explicações ao Congresso dos EUA, e então sendo desmentido por vazamentos posteriores, era inimaginável. Nenhum diretor havia falado publicamente sobre a missão da agência, ainda menos sobre o que ela fazia ou deixava de fazer.
Confira a longa reportagem no Gizmodo Brasil.
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