Há uma injustiça básica numa batalha legal que envolva o diretor de telejornalismo da Globo e um blogueiro.
É o milhão contra o tostão.
Todas as circunstâncias estão a favor do grandalhão. É muito mais fácil um juiz decidir pelo homem da Globo, a despeito do mérito do caso.
Quem quer desagradar a Globo? Que juiz não tem receio de retaliações? E para quem é mais fácil contratar o melhor advogado da praça?
É uma situação extraordinariamente desigual.
Tudo isto posto, toda a minha simpatia vai, naturalmente, para Miguel do Rosário, do Cafezinho, no embate jurídico ao qual foi forçado por Ali Kamel, da Globo.
Claro que Kamel tem o direito de se defender caso se sinta ofendido na honra. Mas “sacripanta”, como Rosário chamou Kamel, é tão ofensivo assim?
O melhor sinônimo para sacripanta é hipócrita. Isso justifica a ira de Kamel?
Há um problema na Justiça brasileira que é o comportamento diante de casos de mídia. Reina uma completa incoerência nas sentenças.
Rosário foi condenado a pagar 20 000 reais – coloque aí mais 10 000 em despesas legais – pelo “sacripanta”. (Rosário foi obrigado a fazer uma vaquinha para pagar a conta. Quem quiser contribuir, clique aqui.)
Augusto Nunes, da Veja, foi absolvido depois de chamar Collor de bandido, chefe de bando e coisas do gênero.
Não adiantou Collor haver colocado, na ação que moveu, que fora absolvido pelo mesmo STF que Nunes e outros colunistas conservadores tanto adularam no Mensalão.
Continue lendo no Diário do Centro do Mundo.
4 comentários:
Eu gostaria de saber se o Impostor Presidiário José Dirceu tem algo a dizer sobre isso.
Talvez o troll ache que Ali Kamel tenha razão.
O troll acha que a corrupção no Brasil iniciou em 2003...
O PT(3%) não róba e nem deixa robá!
Olha só: ele não decepcionou. Até na ingenuidade. Falou exatamente o que eu esperava.
A culpa é do FHC e da Yeda Crusius!
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