Primeiro os políticos prometem mundos e fundos.
Depois de eleitos, aumentam os seus salários.
No RS, as coisas fundamentais foram resolvidas em primeiro lugar.
Deputados, secretários e judiciário tiveram o “seu” garantido.
O governador recuou no seu aumento de salário.
Resolvidas as questões essenciais, impôs-se o discurso da crise.
Em consequência, veio o parcelamento dos salários da plebe.
Por que não foram congelados os salários de deputados e secretários?
Por que não se diminuiu o repasse ao Judiciário, que mantém seus privilégios como auxílio-moradia para quem tem casa?
O judiciário cumpre a lei à risca quando se trata do “seu”. Mas deixa descumprir a lei do piso do magistério.
Leia mais no Blog do Juremir Machado da Silva, no Correio do Povo.
Um comentário:
Outro trecho:
"O governo do RS tem um ideólogo neoliberal, o economista Darcy Francisco dos Santos.
Ele tem um plano para o Estado: o desmanche.
É preciso que a crise seja a mais grave possível para que o desmonte se justifique.
Um secretário já disse em off: quanto pior, melhor.
Um deputado já lamentou: como é que deixaram aprovar essa lei que exige plebiscito para privatizações de estatais.
O ideólogo neoliberal do governo quer mudanças na previdência do Estado. Esse é o ponto central.
Ao contrário do que se diz, o governo sempre teve um projeto: diminuir radicalmente o tamanho do Estado.
Tem também uma estratégia para atingir o seu objetivo: a ampliação da crise.
O ex-governador Tarso Genro garante que o governo pode pedir empréstimos de até 20 bilhões.
O governo diz que não ou desconversa.
Mesmo que seja possível, parece não interessar.
Diminuiria a intensidade da crise?
O ideólogo neoliberal do governo aposta em privatizações, alteração da previdência, enxugamento de serviços e despesas.
Considera que o combate a sonegação não dará resultados, que cobranças da dívida ativa não levarão muito longe e que renegociar a dívida com a União também não dará muitos frutos. A saída é cortar na carne. Na carne do funcionalismo.
A culpa é da plebe.
O governo tem um projeto: realizar o que Britto começou e terminar o que Yeda Crusius tentou e não conseguiu.
Privatizações, alteração de plano de carreira do magistério e modificação radical da previdência.
Deixar a segurança à míngua parece fazer parte do plano para, com o caos e o medo que dele será derivado, apavorar a população e criar as condições para o “ajuste”.
Quem quiser saber para onde vai o governo, preste atenção no que diz o seu ideólogo neoliberal, Darcy Francisco dos Santos.
Para ele, ao que parece, o funcionalismo gaúcho ganha mais do que o Estado pode pagar e se aposenta cedo demais.
Como Estado, no seu entender, pelo que se pode compreender, deve ser como empresa e não gastar mais do que arrecada, a conclusão é óbvia: diminuir serviços, cortar benefícios, vender patrimônio, aumentar a idade para aposentadoria, cortar pensões por morte para viúvas jovens, etc. Coisas que o governo tucano de Dilma Rousseff também começou a fazer com seu ajuste fiscal.
E até mesmo aumentar impostos ainda que isso contrarie a ideologia e constranja os parceiros.
Esqueça-se a ideia de que Sartori elegeu-se sem um projeto. Ele apenas não o declarou."
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