O que parece ocorrer é uma catarse coletiva, que se teve algum sentido no início parece ter ficado sem controle e sem propósito. Esta atitude hostil não é característica dos brasileiros, sempre receptivos a outros povos e ao espetáculo que o esporte proporciona. Gostamos de conhecer e conversar com gente de outros países e gostamos de esporte em geral. Então, por quê a vaia generalizada a qualquer atleta que não seja brasileiro? (Mair Pena Neto)
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O que importa é comemorar e vaiar. Aliás esse Pan-Americano vai ficar marcado pela vaia institucionalizada. Começou com a vaia ao presidente na cerimônia de abertura, até hoje comemorada por boa parte da mídia, pelos adversários políticos e pelas centenas de textos e charges que circulam na internet, e continuou com a vaia sistemática a todos os adversários dos atletas brasileiros. Espírito olímpico? Nem pensar.
Curioso momento vive o Brasil. Enquanto alguns comemoram, outros enterram seus mortos. Ou o que restou de seus corpos. No episódio da tragédia com o avião da TAM, a mídia enlouqueceu. Nunca tanta desinformação foi transmitida ao consumidor de notícias. Especulou-se à vontade na busca do sensacionalismo barato. A cada dia descobria-se um culpado. Ora a pista, ora o piloto. Ora o defeito no avião, ora o governo. Todo mundo virou especialista em aviação. Palpiteiros de ocasião, isto sim. (Eliakim Araujo)
Fonte: Direto da Redação
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