quarta-feira, 23 de abril de 2008

Os limites da arte


Nas últimas semanas vem sendo repassado um abaixo-assinado na internet contra a participação do artista costa-riquenho Guillermo "Habacuc" Vargas em uma bienal da América Central. O motivo da petição on-line é uma instalação artística em que Habacuc supostamente deixa um cão de rua morrer de fome, à vista do público, o que causou revolta e protestos entre ativistas da causa animal.
Intitulado "Exposición nº 1", o projeto foi exposto em uma galeria da Nicarágua em agosto do ano passado, acompanhado de uma crescente polêmica. A obra foi inspirada na morte de um imigrante nicaragüense, Natividad Canda Mayrena, de 24 anos, devorado há dois anos por dois cães rottweilers de uma oficina de Cartago, cidade da Costa Rica. Esse ocorrido foi filmado por câmeras de TV, e policiais que estavam no local disseram que não poderiam intervir atirando contra os cães porque a vítima seria atingida.
Habacuc, um artista de 32 anos que tirou seu apelido de um profeta bíblico, "porque soa bonito", montou "Exposición nº 1" usando cinco elementos que remetiam à morte do imigrante: a gravação do hino sandinista (movimento político nicaragüense) tocado ao contrário, um "incensário" onde se queimaram pedras de crack e alguns gramas de maconha, um cachorro que ganhou o nome de Natividad na obra, comida para cachorro (com biscoitos que formavam a frase "Você é o que você lê") e a representação dos vários tipos de mídia.
A notícia completa aqui no G1.

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