Hoje, ir do Brasil à Venezuela, é como saltar de um carro andando a 60 km/h e embarcar em outro que vai a 120 km/h, cantando os pneus. Em uma semana, enquanto os brasileiros curtiam as férias entre o fim de ano e dia de Reis, os venezuelanos faziam história nas ruas e na TV. Começaram o ano vivenciando a mudança da moeda nacional, que perdeu três zeros e virou bolívar forte (BF). Receberam a notícia da decretação de anistia a centenas de opositores políticos; viram a autocrítica do presidente Hugo Chávez com relação aos seus erros que o levaram à derrota no referendo de 2 de dezembro, ao mesmo tempo em que eram trocados treze dos 25 ministros do governo de uma só vez; assistiram ao vivo e em cores, em televisores ligados nos bares e nas lojas, como numa final de Copa do Mundo, a liberação de duas reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), resgatadas na selva e trazidas ao Palácio Miraflores; ainda acompanharam a eleição e posse da nova mesa da Assembléia Nacional e a realização da empolgada reunião de 1.676 delegados com Chávez na cerimônia de fundação do Partido Socialista Unido da Venezuela. Revista Retrato do Brasil, número especial sobre a Venezuela, em PDF.
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