“Este espetáculo levanta, necessariamente, uma questão: se o estado pode intervir para salvar corporações que assumiram riscos impensados nos mercados imobiliários, por que não pode intervir para evitar que milhões de americanos sofram a execução de suas hipotecas?
Seguindo o mesmo raciocínio, se US$170 bilhões podem ser instantaneamente disponibilizados para compra da gigante dos seguros AIG, por que o seguro de saúde individual - que protegeria os cidadãos das práticas predatórias das empresas de seguro-saúde - parece ser um sonho inalcançável? E se cada vez mais corporações precisam dos fundos dos contribuintes para se manter, por que os contribuintes não podem reivindicar algo em troca - como limites de juros em pagamentos executivos ou uma garantia contra mais perdas de empregos?
Agora que ficou claro que os governos podem realmente agir em tempos de crise, será muito mais difícil alegar a impossibilidade de agir no futuro. Outra mudança potencial tem a ver com as esperanças do mercado em relação a futuras privatizações.”
O texto completo de Naomi Klein, está no Terra Magazine.
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