Uma decisão judicial em primeira instância determinou que o jornalista Wladymir Ungaretti, professor da faculdade de Comunicação da UFRGS e figura tradicional do Bom Fim, retire do ar todas as referências e críticas que mantém em seu blog “Ponto de Vista” ao também jornalista e fotógrafo da RBS, Ronaldo Bernardi. No site, Ungaretti analisa diversas fotos de Bernardi, apelidado de Fotonaldo, e sugere que as imagens são armadas – a tradicional “cascata”, em termos jornalísticos.
Mais no site do Jornal Já. A censura ao blog Ponto de Vista repercutiu em diversos outros blogs, como o coletivo Celeuma. Também é possível obter informações sobre o caso através do artigo Tristes retratos do jornalismo, publicado no fim do ano passado pelo jornalista Ronaldo Martins Botelho no Observatório da Imprensa.
Triste que ao invés de uma discussão sobre a ética da imprensa a série de posts publicados pelo professor Wladymir Ungaretti resulte em uma série de processos judiciais.
3 comentários:
Acredito que com o atual congresso, infelizmente, não será possível alterar-se a legislação em favor da liberdade de imprensa e da garantia de liberdade na Internet, como convém a um país civilizado. Mas estas causas devem ser defendidas com firmeza na convenção nacional de comunicações que se aproxima. Por enquanto, dois pontos devem ser focados com redobrada vigilância: o combate à famigerada lei do Senador Azeredo e os constantes ataques da rede Globo, que procura convencer a opinião pública de que a Internet é uma fonte de forças do Mal.
Se depender da vontade do governo, a lei de crimes da internet será muito mais restritiva do que gostariam os senadores. Na minuta do projeto, o Ministério da Justiça quer que os provedores de acesso mantenham por três anos todos os dados de tráfego de seus usuários. Ou seja: que hora se conectou à internet, em que sites entrou e quanto tempo ficou.
O Congresso em Foco teve acesso na quarta-feira, com exclusividade, a um trecho da minuta elaborada pelo Ministério da Justiça. O texto modifica a redação do artigo 22 do substitutivo ao Projeto de Lei 84/99, elaborado pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). É justamente essa parte da peça em tramitação na Câmara que tem causado polêmica entre internautas e sociedade civil, pois obriga os provedores de acesso a armazenarem os dados de conexão dos usuários.
Agora, o Ministério da Justiça, influenciado por setores da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), quer radicalizar. Pelo substitutivo do senador tucano, ficariam guardados os horários de log on (entrada) e log off (saída). Já na minuta do ministério, além de todos os dados de tráfego, os provedores seriam obrigados a registrar o nome completo, filiação e número de registro de pessoa física ou jurídica.
Chega de censura.
Forza Ungaretti !
Postar um comentário