terça-feira, 7 de abril de 2009

TESES QUE RESISTEM AOS FATOS

Denise Nunes, para Correio do Povo

Se alguém espera mea culpa no Fórum da Liberdade, o primeiro após o caos global, há risco de frustração. Embora boa parte do mundo atribua a atual crise à política neoliberal e à chamada economia de mercado, os defensores do modelo não se abalam. No almoço de abertura da 22ª edição do evento houve até alerta para os riscos do intervencionismo. O alerta é coerente com a defesa do Estado mínimo ou enxuto. Mas, em plena crise, quando as intervenções governamentais se deram justamente para socorrer bancos, indústrias e tentar manter pelo menos algum grau de consumo e emprego em uma economia tombada pela especulação financeira, fazê-lo soa um tanto estranho. E ingrato, se considerarmos que houve brados privados por intervenção. O ex-presidente mexicano Vicente Fox foi mais longe. Após criticar governos que considera personalistas (Venezuela, Bolívia, Equador e Nicarágua), garantiu serem os liberais os entendidos sobre os bons rumos do desenvolvimento.

Um comentário:

zejustino disse...

Essa canalha neo-liberal não vai recolher o rabo sujo tão facilmente. Não é por menos que os adoradores de Friedman aqui do Brasil, os tucanos e os pefelistas, principalmente, ainda continuam repetindo a ladainha dos "gastos estatais".

O Estado mínimo é o único que atende os interesses das redes de corrupção. Ora, toda essa inversão no caso das operações "Satiagraha" e "Castelo de Areia", que pretende desviar a atenção dos verdadeiros criminosos para os agentes do governo, demonstrou que a ação do Estado acaba com essas redes putrefatas e desmascara os falsos moralistas e pretensos porta-vozes da ética e da honestidade. A inversão promovida pelos deputados, senadores, supremo boquirroto e mídia esgôto comprovou definitivamente que todos participam ou pertencem a alguma rede de corrupção que atende a seus interesses. Logicamente, esses bandidos de colarinho branco, togados ou não, contam com aqueles que conhecem as letrinhas das manchetes mas não questionam o que há por trás delas.