Hoje, a radiodifusão dos canais abertos está sendo feita em simulcast, isto é, os canais analógicos e digitais coexistem e estão sendo emitidos pelas antenas das emissoras, só que cada um em uma faixa diferente do espectro eletromagnético. A razão disso é que é preciso que as pessoas vão se adaptando aos poucos à nova transmissão digital, comprando os set-up boxes que permitem a recepção da TV digital em seus aparelhos velhos ou comprando logo novos televisores que já têm a eletrônica para a recepção digital embutida. Esse, evidentemente, é um processo longo, que se espera termine em 2016 no Brasil, quando haverá o que se chama de switch-off _ os canais analógicos serão “apagados” e só haverá a transmissão digital.
Na grande maioria dos países que estão fazendo a transmissão para o digital, a faixa de espectro onde era transmitido o canal analógico, depois do switch-off, volta para o governo, que faz uma redistribuição desse espectro para outros usos com maior valor social. Em vários países, inclusive os EUA, esse espectro foi leiloado, trazendo um bom dinheiro para os cofres públicos.
O que as radiodifusoras brasileiras estão dizendo é que querem continuar com seu latifúndio de espectro. Não querem devolver a faixa onde hoje é transmitido o analógico. Isso, é claro, “em nome do público”.
Confira o texto completo n’O Hermenauta.
Um comentário:
As telecomunicações e os interesses em jogo.
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