Imagine a cena: uma jornalista à beira de uma cachoeira no bucólico Vale da Lua, que faz jus ao nome e fica próximo ao povoado de São Jorge, em Goiás. De repente, ela se lembra de algo importante no trabalho. Enxuga a mão, saca um celular e dali mesmo liga para Brasília e/ou São Paulo, sem a menor cerimônia e sem o menor problema.
A situação, além de insólita, tem algo de ridículo, de falta de bom senso. E é assim que, num estalo, a jornalista percebe que ali, naquele aparelho celular que pesa alguns gramas e cabe na palma da mão, ela tem tudo do que precisa para se comunicar com o mundo.
Foi-se o tempo em que nossos país e avós encantavam-se com relógios Patek Philippe ou mesmo que nossos amigos e filhos divertiam-se com essas marcas moderninhas, de pulseiras de plástico coloridas.
Para que relógio, se o celular tem? Para que despertador? E calculadora? Agenda? Gravador? Câmera? Filmadora? E para que jornal, rádio, até TV?
Isto é parte da "Pensata" da Eliane Castanhede, na Folha Online.
3 comentários:
Gostei. Ou seja, nem tudo que a Eliane Castanhede escreve precisa ir para o lixo.
Por outro lado, é ler a coluna dela na Folha desta sexta, dia 16, para lembrar que ela é sempre a velha Eliane Castanhede...
Para que a Eliane Catanhede se há a internet?
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