segunda-feira, 16 de novembro de 2009

OPOSIÇÃO SEM BANDEIRAS


É visível a falta de bandeiras da oposição de direita, como demonstra a reentrada em cena do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, que acusou Lula de “autoritarismo e neoperonismo”.

É bem típico da elite latino-americana pegar mecanicamente exemplos de personagens históricos controvertidos, como foi Juan Domingos Perón, derrubado em 1955 por um golpe militar sangrento que contou com o apoio do Departamento de Estado. Perón caiu não por um pretenso autoritarismo, como dizia a direita, mas por tudo que fez para os descamisados e os projetos visando inclusive a integração sul-americana. Muito mais autoritário do que Perón foram os sucessivos governos militares argentinos, inclusive os dos anos a partir da derrubada de Isabelita Perón, em março de 1976.

FHC tem como meta política acabar com a Era Vargas, ou seja, revogar algumas conquistas históricas que o Brasil conseguiu no período do também controvertido presidente, como, por exemplo, alguns pequenos ensaios de tentativas de criação de um Estado de bem estar social. A direita nunca se conformou com isso, da mesma forma que com o fortalecimento de empresas estatais. Na Argentina foi mais ou menos igual. Lá apareceu um peronista de direita que pregava relações carnais com os Estados Unidos, Carlos Menem, enquanto aqui o serviço foi entregue ao sociólogo Cardoso com um ministro do Exterior que tirava os sapatos para ser revistado na alfândega dos Estados Unidos e não dizia nada (Celso Lafer).


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