segunda-feira, 13 de setembro de 2010

VOX POPULI PÓS-DEBATE: DILMA 54% x SERRA 22% O PLANO 'B' -- 'BÊ' DE SERRA 'BATUMOU'

"Enquanto Serra ainda comete delírios messianicos do tipo, 'eu sou a certeza', sem especificar em relação a quê, buliçosos lobistas arranchados nas editorias de economia fingem levar o tucano a sério, mas azeitam o Plano 'B', 'bê' de Serra ' batumou'.
O novo cardápio, antecipado desde já por notinhas e colunas em forma de aperitivo 'bem-informado' pretende enquadrar o futuro governo Dilma na engrenagem da ortodoxia rentista. O pressuposto é de que é possível passar uma borracha nas lições da maior crise capitalista desde 1929 e, sobretudo, na margem de manobra ideológica que ela abriu dentro do governo e do PT [leia coluna de Paulo Kliass nesta pág.]
Não por acaso, duas vezes nos úlimos dias, a candidata Dilma Rousseff rechaçou a ofensiva ardilosa que visa dois objetivos: o fundamental é 'viabilizar' nomes da confiança dos ' mercados' num futuro ministério; secundariamente, criar um clima de inquietação e desconfiança entre segmentos progressistas, avessos a retomada da agenda ortodoxa.
Indispor Dilma com movimentos sociais, por exemplo, seria uma forma de enfraquece-la e pavimentar a volta ao passado. Aspas para a reação da candidata diante da armação em curso:

"...o papo do ajuste fiscal é a coisa mais atrasada que tem. Não se faz ajuste fiscal porque se acha bonito. Faz porque precisa. E eu quero saber, com a inflação sob controle, com a dívida pública caindo e com a economia crescendo, vou fazer ajuste para contentar a quem? Quem ganha com isso? O povo não ganha..." [Dilma; Globo online, 10-09]

‘Estão querendo dizer que 2002 [o neoliberalismo ortodoxo tucano] vai continuar. Sinto informar que isso não existe mais, acabou [...]. O Brasil possui reservas de mais de US$ 255 bilhões; relação dívida/PIB em queda e inflação controlada. É um Brasil completamente diferente do Brasil que tínhamos em 2003 [...]. Ajuste fiscal [ou seja, arrocho ortodoxo] representa olhar apenas o hoje, considerando que o amanhã não existe; você diminui o Estado investidor e aumenta o Estado fiscalizador, porque o mais importante é fazer caixa. Eu não concordo com isso’. [Dilma; Valor, 1-09]"

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