O recente encontro da OTAN em Lisboa, celebrado em 19 e 20 de novembro, supõe o reconhecimento de que a aliança militar nascida em 1949 para a defesa do espaço euro-atlântico tem se convertido em uma força com vocação de intervenção global. "Os cidadãos de nossos países confiam na OTAN para defender nações aliadas, mobilizar forças militares robustas donde e quando sejam requeridas para nossa segurança, e para a promoção da segurança comum entre nossos aliados ao redor do globo", pode-se ler no documento de 11 páginas assinado pelos chefes de Estado.
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Em 3 de novembro, na abertura da sétima Conferência de Segurança Internacional Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, Jobim retornou sobre o mesmo tema. Enfatizou que o Brasil e a América do sul não podem aceitar que os Estados Unidos e a OTAN "se arroguem" o direito de interver em qualquer parte do mundo e, de modo particular de "cortar a linha" que separa o Atlântico Norte do Sul. Rechaçou a idéia de "soberanias compartilhadas" sobre esta região que maneja o Pentágono: qual é a soberania que os Estados Unidos querem compartilhar, a deles ou a nossa?". Disse mais: "Não seremos aliados dos Estados Unidos para que eles mantenham seu papel no mundo". E rechaçou conversar sobre Atlântico Sul com um país que sequer reconhece a soberania marítima brasileira de 350 milhas, reconhecida pelas Nações Unidas. Ali se encontram as jazidas de petróleo que são definidas como a
Amazônia azulpela Estratégia Nacional de Defesa.
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