sábado, 5 de março de 2011

O imperialismo alemão e a crise na Líbia

Já há uma semana, a marinha alemã enviou três navios de guerra com 600 soldados nos arredores da costa líbia – num momento que os Estados Unidos estavam ainda analisando qual ação tomaria. Ao fim da última semana, dois aviões alemães modelo Transall voaram da ilha de Creta para Líbia, aparentemente para resgatar cidadãos da União Europeia (UE) da instalação de petróleo de Al-Nafoura. Diversas unidades de paraquedistas treinadas para operações de apoio atrás das linhas inimigas se juntaram às unidades de Transall em Creta.

A mídia alemã tem pressionado para a criação de uma área com voos proibidos na Líbia. Como no Iraque, isso seria o primeiro passo para almejar os aviões de guerra da Líbia e tomar controle do espaço aéreo do país. A mídia também pressionou para o congelamento dos fundos líbios no exterior.

Essas medidas são justificadas com argumentos humanitários – para proteger a população insurgente do regime de Kadafi. Tais pretextos humanitários são absolutamente cínicos e sem nenhuma credibilidade. Não houve nenhuma proposta similar para que as forças alemãs ficassem de prontidão para evacuar cidadãos europeus de países com outros regimes pró-Ocidente – como Egito, Tunísia, Barein e Iêmen – que atiraram contra seu próprio povo ao longo das revoltas de massas que abrangeram o Norte da África e o Oriente Médio.


Confira o texto completo no Diário Liberdade

Um comentário:

José Elesbán disse...

Texto traça um retrato feio do quadro político alemão em relação à Líbia.