terça-feira, 19 de julho de 2011

O fracasso da OTAN na Líbia

Depois de três meses e meio de bombardear e fornecer armas a vários grupos de oposição a Kaddafi, o fracasso da OTAN, nos esforços para promover “mudança de regime” na Líbia, já salta aos olhos.

Claro que os comandantes da OTAN ainda esperam que alguma bala perdida consiga matar Kaddafi, mas, até agora, ele continua onde sempre esteve, os líbios não se levantaram contra ele e, de fato, são as potências que compõem a OTAN que brigam furiosamente entre elas.

As matérias que vêm da Turquia sobre as ‘decisões’ do Grupo de Contato da OTAN para a Líbia têm uma aura surreal. A secretária de Estado dos EUA e Hague, ministro de Relações Exteriores britânico, falam em tom solene sobre o compromisso de ambos com a “mudança de regime” e com fortalecer os laços com o Conselho de Transição em Benghazi. 

Mas o fracasso de toda a ‘operação OTAN’ já é tema para historiadores – perfeito sinal de alerta sobre os perigos dos delírios políticos a serviço do “intervencionismo humanitário”, da insuficiência dos serviços de inteligência, das fantasias sobre a eficácia da guerra aérea e da mais impressionantemente mentirosa cobertura de imprensa de que se tem notícia na história contemporânea.





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