John Gray | BBC Mundo | 12-9-2011
Como efeito secundário da crise financeira, mais e mais pessoas estão percebendo que Karl Marx estava certo
O grande filósofo alemão do século XIX, economista e revolucionário, pensava que o capitalismo era radicalmente instável.
Tinha incorporada a tendência de produzir altas e baixas cada vez
maiores e profundas e, a longo prazo, estava destinado a destruir-se a
si mesmo.
Comprazia a Marx essa característica: estava seguro de que haveria uma
revolução popular, a qual engendraria um sistema comunista que seria
mais produtivo e muito mais humano.
Vejam o texto original em KAOSENLARED.NET e uma tradução livre no blog NEBULOSA.DE.ÓRION
Um comentário:
Marx tem razão. Isso, muitos de nós já sabíamos. Mas, para o autor do artigo, o comunismo (até hoje, que eu saiba, nenhum país ou região do mundo chegou a ter realmente uma sociedade comunista) também não funcionou para a humanidade. No entanto, o autor deixa essa pequena "jóia" de submissão ao capitalismo:
"Mas não será o final do mundo, nem sequer do capitalismo. Aconteça o que acontecer, vamos continuar tendo que aprender a viver com a energia errática que o mercado gerou."
Então, para que se rebelar? Para que tentar novos caminhos que não incluam a exploração do homem pelo homem? Caminhos que independam da submissão ao excremento do demônio (dinheiro)? Caminhos que não tornem o ser humano um predador insano?
O discurso pessimista, ou convenientemente pessimista do autor teria alguma coisa a ver com as novas orientações (à direita) da BBC?
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