AGUSTIN Edwards: pediu aos EEUU
que implementasse um golpe militar no Chile.
Não parece explorado a fundo o papel que os civis tiveram na conspiração
que ao longo de mais de três anos culminou com o golpe militar de
setembro de 1973, quando se abriu a porta a uma ditadura que mudou
profundamente o Chile. Os "generais civis" não hesitaram em produzir o
caos e, em seguida, respaldar sem maiores escrúpulos as atrocidades
selvagens que se prolongaram dezessete anos. Muitos deles se
enriqueceram e até hoje se esquivam de responsabilidades e vergonhas.
Engendraram para empurrar os militares e para executar a política que
mais convinha aos interesses da oligarquia.
À cabeça da conspiração esteve Agustín Edwards Eastman, então diretor proprietário do grupo El Mercurio
e cabeça de um grupo econômico. Edwards sofreu uma verdadeira comoção
pelo triunfo de Salvador Allende e a derrota do candidato de direita,
Jorge Alessandri. Havia acreditado nas pesquisas e nas opiniões de
Edward Korry, embaixador dos EEUU. Os piores pesadelos pareciam
materializar-se. El Mercurio havia planejado que a decisão do
povo se daria entre democracia e comunismo. Havia triunfado o comunismo.
E isso era o que temia Edwards. Dois anos antes, quando o general
Roberto Viaux havia se aquartelado no Regimento Tacna tentando derrubar o
presidente Eduardo Frei Montalva, o dono do El Mercurio -segundo se diz- conspirou nas sombras. E para assegurar-se, havia viajado aos EEUU.
Vejam o texto original em punto Final ou uma tradução livre no blog NEBULOSA.DE.ÓRION
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