segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Os generais civis do golpe de Estado

AGUSTIN Edwards: pediu aos EEUU
que implementasse um golpe militar no Chile.
Não parece explorado a fundo o papel que os civis tiveram na conspiração que ao longo de mais de três anos culminou com o golpe militar de setembro de 1973, quando se abriu a porta a uma ditadura que mudou profundamente o Chile. Os "generais civis" não hesitaram em produzir o caos e, em seguida, respaldar sem maiores escrúpulos as atrocidades selvagens que se prolongaram dezessete anos. Muitos deles se enriqueceram e até hoje se esquivam de responsabilidades e vergonhas. Engendraram para empurrar os militares e para executar a política que mais convinha aos interesses da oligarquia.
À cabeça da conspiração esteve Agustín Edwards Eastman, então diretor proprietário do grupo El Mercurio e cabeça de um grupo econômico. Edwards sofreu uma verdadeira comoção pelo triunfo de Salvador Allende e a derrota do candidato de direita, Jorge Alessandri. Havia acreditado nas pesquisas e nas opiniões de Edward Korry, embaixador dos EEUU. Os piores pesadelos pareciam materializar-se. El Mercurio havia planejado que a decisão do povo se daria entre democracia e comunismo. Havia triunfado o comunismo. E isso era o que temia Edwards. Dois anos antes, quando o general Roberto Viaux havia se aquartelado no Regimento Tacna tentando derrubar o presidente Eduardo Frei Montalva, o dono do El Mercurio -segundo se diz- conspirou nas sombras. E para assegurar-se, havia viajado aos EEUU. 

Vejam o texto original em punto Final ou uma tradução livre no blog NEBULOSA.DE.ÓRION

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