terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A imparcialidade das primeiras páginas


A mídia acredita na sua imparcialidade. De tanto contar para o público que é neutra, a imprensa acaba, às vezes, por acreditar no seu truque. É verdade que muitos jornais e jornalistas procuram desesperadamente ser justos. Mas a chamada grande mídia brasileira, instalada nas deliciosas terras cariocas ou na fuliginosa pauliceia violentada a cada dia, parece que já não se preocupa com isso. Não por mérito de transparência, mas por interesse mesmo, nem sempre republicano. No último domingo, o jornal Estado de S. Paulo, que não esconde suas preferências políticas conservadoras, sempre apresentadas como modernas, publicou pesquisa do IBOPE sobre a relação dos brasileiros com a política. O vetusto Estadão, no seu site poluído, noticiou assim os resultados: “Brasileiros que se dizem apartidários são maioria pela 1ª vez desde 1988 – Pesquisa mostra que índice de brasileiros sem preferência por legenda saltou de 38% para 56%”.
Um segundo título, um pouco menor, destacava: “No Sudeste, preferência pelo PSDB cai para a metade do que era em 1995”. Na linha de apoio: “Preferência pelo partido tucano caiu de 14% para 7% em dezessete anos”. No site da Folha de S. Paulo, com os devidos créditos ao Estadão, aparecia: “Fato inédito desde a redemocratização – Brasileiros sem partido são maioria pela 1ª vez desde 88, aponta Ibope”. No Bahia Notícias, outro enfoque: “PT é o partido mais querido dos brasileiros, aponta Ibope; PMDB é o segundo”. (...)


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