quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Grandes jornais escondem Aécio de seus leitores


Em alguns momentos, o Brasil lembra o realismo fantástico das republiquetas latino-americanos.
Tem-se um cadáver na sala de estar da política: a declaração do doleiro Alberto Yousseff de que o senador Aécio Neves recebia US$ 150 mil mensais de Furnas, esquentados através da empresa Bauruense.
O Procurador Geral da República Rodrigo Janot fingiu que não ouviu. E esqueceu-se de que sua gaveta guarda um inquérito de 2010 do MPF do Rio de Janeiro, sobre uma conta fantasma de Aécio no paraiso fiscal de Liechenstein.
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A notícia foi para o mundo inteiro através da Reuters Internacional. Notícia tão relevante que abriu a chamada das Top News do dia. Foi manchete do Clarin – o mais antikirchenista dos grupos de mídia argentinos.
Por aqui, nenhum grande jornal julgou que seus leitores mereciam saber do caso. Nâo saiu uma mísera linha sobre a delação.
Ontem, na sabatina de Janot no Senado, o assunto foi evitado em todas as intervenções, dos senadores da oposição e da situação. O sentimento de corpo foi maior do que as disputas ideológicas. Ou, quem sabe, o medo de expor seus próprios podres tenha sido a razão de preservar os podres do colega.
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Não é pouca coisa. Trata-se do candidato derrotado nas últimas eleições que recebeu quase 50% dos votos. É o nome favorito do PSDB para as próximas eleições.
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Nesta 5a feira será divulgada a próxima etapa da campanha visando reforçar a imagem dos jornais. Diretor-executivo da ANJ (Associação Nacional dos Jornais), Ricardo Pedreira, foi taxativo: “Enquanto a internet ainda sedia terrenos de informação obscura, os jornais colocam à disposição do leitor seu grande patrimônio: a credibilidade”.
Qual a sensação do leitor do grande jornal quando encontrar-se com o amigo que prefere a Internet, e souber por ele a notícia que só circulou na rede?


Confira o texto completo no Blog do Luís Nassif

Um comentário:

José Elesbán disse...

Grandes jornais escondem Aécio de seus leitores