A idéia deste post veio de uma descoberta do meu amigo Alexandre Freitas - economista, conspirador emérito, cinéfilo. Alexandre revelou que o verdadeiro pai do programa brasileiro de biocombustíveis é o doutor Jegue, o protagonista do filme "O Incrível Monstro Trapalhão". Nesse épico injustamente esquecido, o dr. Jegue, interpretado por Renato Aragão, inventa um combustível revolucionário a partir da rapadura e o utiliza para construir uma equipe nacional de Fórmula 1, em parceria com Dedé, Mussum e Zacarias, mecânicos que tocam o projeto com competência digna da TAM e da GOL.
O quarteto enfrenta a cobiça estrangeira, com direito até a conflitos geopolíticos com o mundo árabe. Quero dizer, é o quadro ideológico do nacionalismo dos anos 70, do desenvolvimento por substituição de importações etc. Hoje em dia eles seriam acusados pelo Reinaldo Azevedo de afugentar o investimento externo e difundir o anti-americanismo, Ali Kamel bradaria em defesa das nossas crianças, submetidas à doutrinação de livros didáticos comunistas e à pregação anti-capitalista de Didi Mocó e a Veja faria edição especial sobre a farsa dos Trapalhões, com direito a artigo do Diogo Mainardi dizendo que a culpa é do cinema brasileiro. A base governista no Congresso talvez se identificasse com as trapalhadas do quarteto, no entanto o mais provável é que disputassem a marca em plenário, tão logo o Renan libere o parlamento.
Pensei muito no dr. Jegue nos últimos dias, ao ler o discurso do presidente Lula à Assembléia Geral da ONU. Segundo nosso primeiro mandatário, os biocombustíveis preservam o meio ambiente, combatem o aquecimento global, equilibram a balança comercial e geram desenvolvimento sustentável. Não sei se também curam resfriado e dão mais disposição física, ou se isso é exclusivo do Biotônico Fontoura, aliás centro de inolvidável campanha publicitária estrelada pelo mesmo Renato Aragão. O Brasil é o país da piada pronta, natural que os humoristas estejam no centro da agenda pública.
O quarteto enfrenta a cobiça estrangeira, com direito até a conflitos geopolíticos com o mundo árabe. Quero dizer, é o quadro ideológico do nacionalismo dos anos 70, do desenvolvimento por substituição de importações etc. Hoje em dia eles seriam acusados pelo Reinaldo Azevedo de afugentar o investimento externo e difundir o anti-americanismo, Ali Kamel bradaria em defesa das nossas crianças, submetidas à doutrinação de livros didáticos comunistas e à pregação anti-capitalista de Didi Mocó e a Veja faria edição especial sobre a farsa dos Trapalhões, com direito a artigo do Diogo Mainardi dizendo que a culpa é do cinema brasileiro. A base governista no Congresso talvez se identificasse com as trapalhadas do quarteto, no entanto o mais provável é que disputassem a marca em plenário, tão logo o Renan libere o parlamento.
Pensei muito no dr. Jegue nos últimos dias, ao ler o discurso do presidente Lula à Assembléia Geral da ONU. Segundo nosso primeiro mandatário, os biocombustíveis preservam o meio ambiente, combatem o aquecimento global, equilibram a balança comercial e geram desenvolvimento sustentável. Não sei se também curam resfriado e dão mais disposição física, ou se isso é exclusivo do Biotônico Fontoura, aliás centro de inolvidável campanha publicitária estrelada pelo mesmo Renato Aragão. O Brasil é o país da piada pronta, natural que os humoristas estejam no centro da agenda pública.
Chupada a metade. O texto completo no Todos os Fogos o Fogo.
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