Há muitas evidências do caráter estatizante do eleitorado brasileiro. Quem não se lembra das manifestações de rua, muitas na frente da Bolsa de Valores do Rio, contrárias aos leilões de privatização? Não se tratava, ali, de uma simples minoria, mas sim de uma minoria militante e aguerrida que representava, de certa maneira, uma maioria silenciosa para qual o Estado tem papel fundamental no provimento de bens e serviços.
É assim que 51% dos brasileiros acham que o sistema bancário deva ser estatal. Imaginem-se os maiores bancos brasileiros controlados pelo governo. Meu Deus, algo completamente absurdo! Porém, se essa decisão fosse deixada na mão do eleitorado, em particular do eleitorado de baixa escolaridade, é possível que o nosso sistema bancário fosse bem menos privado e muito mais estatal.
O texto é de Alberto Carlos Almeida, para o jornal Valor. É o mesmo autor de "A Cabeça do Brasileiro", livro que acabou sendo vilipendiado muito mais pelo uso que a revista Veja fez dele, do que pelo conteúdo em si. No texto completo, que veio do Leituras e Opiniões, ele comenta o desejo de haver mais entes estatais por parte do brasileiro médio.
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