DIÁRIO GAUCHE:
Com relação ao eclipse ético-moral de parte da elite branca guasca (altos dignatários de partidos de proprietários, honorificentíssimos cidadãos de bem, ilustres homens probos o que são mesmo senão elite branca?), eu quero sugerir uma linha de pesquisa empírica a investigadores acadêmicos e estudantes de sociologia.
Trata-se de examinar a seguinte hipótese, no que se refere aos atos suspeitos (e preliminarmente reprováveis) praticados por aqueles cidadãos: estabelecer relações sociais que, mesmo não sendo francamente republicanas, são pautadas pelo paradigma da dádiva, segundo a sociologia de Marcel Mauss (1924). Já justifico.
Mauss é o sujeito que estudou os sistemas de trocas, tanto materiais, quanto simbólicas. Ele estudou as formas de circulação de bens - antes e além do mero interesse material e econômico - se dedicando a compreender o caráter livre e gratuito, mas ao mesmo tempo obrigatório e interessado, das ações de dar, receber e retribuir.
No Brasil, por obra de alguns jornalistas tolos e ignorantes de Marcel Mauss, os praticantes das trocas simbólicas e materiais foram - equivocadamente - classificados como adeptos (pagãos) da famosa oração de São Francisco - o famoso "dar e receber" do santo "verde" de Assis. Antes fosse assim tão simples, como essa bela oração cristã.
Assim, a pesquisa poderia tentar identificar, para além do bem e do mal, as novas relações de sociabilidade que os Detran-boys tentam fundar no Rio Grande. Observar com atenção, que não há operações bancárias. Só isso já denota um ato insurreto de grande relevância sociológica, especialmente quando a presente quadra histórica está marcada pela acachapante hegemonia do sistema bancário-financeiro que penetra em todos os poros das relações humanas.
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