O Brasil vai liderar as negociações internacionais para tentar acabar com as restrições de viagens para portadores do vírus da Aids. Hoje, doze países em todo o mundo impedem totalmente a entrada de imigrantes ou turistas com a doença e a Organização Mundial da Saúde (OMS) quer acabar com essa situação. O caso mais polêmico é dos Estados Unidos, onde os turistas soropositivos ainda precisam esconder a doença se querem entrar no país.
"A Aids não é uma doença que se transmite pelo ar, como a Sars. Portanto, não há motivos para que as restrições existam e a Aids não pode ser tratada como apenas uma questão de segurança nacional", afirmou Mariangela Simões, diretora do Programa de Combate à Aids do Ministério da Saúde. Ela será a escolhida para liderar o processo na OMS relacionado especificamente à entrada de turistas em países. O governo filipino será o coordenador do grupo que irá debater a questão da entrada de imigrantes.
"A idéia é que recomendações sejam apresentadas em seis meses para que o tema seja levado à Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU)", contou Mariangela. No total, 72 países, entre eles o Brasil, não aplicam restrições. Mas outros 62 países não autorizam vistos de residente para soropositivos.
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