AZENHA:
Classe é outra coisa. Não é só questão de estampa. A New Yorker da semana traz um belo texto de Alma Guillermoprieto sobre a despedida de Fidel. "Vamos, Fidel, não há ninguém em seu caminho", ela escreve - nos transportando para uma porta imaginária pela qual passa "o filho do fazendeiro espanhol rico com a lavadeira cubana", com um ondulante roupão de hospital.
"Depois de quase cinqüenta anos, é difícil argüir que de fato houve o desejo do povo cubano de ver seu líder detonado por um charuto explosivo ou de dar boas vindas a uma invasão terceirizada", escreveu.
"Hoje, mesmo a mais veemente oposição dentro de Cuba tem poucas ilusões de que Washington adotará uma postura informada, esclarecida, não-intervencionista e generosa" diante da transição na ilha, afirma ela, oferecendo a própria sobrevivência de Fidel como prova de que o embargo econômico mantido por nove presidentes americanos fracassou.
O site da revista tirou do arquivo um perfil escrito por Jon Lee Anderson, o biógrafo de Che - aquele, que detonou a Veja.
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