“Imprensa brasileira deveria assumir posição”, diz chefe de redação da Folha Universal
O chefe de redação da Folha Universal, Celso Fonseca, foi o convidado na manhã de terça-feira (25/03) do Comunique-se para estrear o “Papo na Redação” em vídeo em 2008. Fonseca respondeu aos leitores em entrevista mediada pelo presidente do Comunique-se, Rodrigo Azevedo. Falou da linha editorial da Folha Universal, dos detalhes da nova redação em São Paulo, e recebeu o apoio – e também as inquietações – da comunidade jornalística.
Sobre a linha editorial do jornal, Fonseca afirmou que “sabe onde está trabalhando”. Um recado de quem sabe qual veículo chefia. “A gente evita falar de temas polêmicos à Universal”, admitiu, em resposta às perguntas de leitores e do repórter Marcelo Tavela, do Comunique-se, sobre como a Folha Universal trata de temas como o homossexualismo. E alfinetou: “A imprensa brasileira deveria ser honesta e assumir posição.” Fonseca cita como exemplo a imprensa norte-americana que tem uma posição editorial bem marcada, bem como a própria Folha Universal, postura esta que o jornalista defende.
Para Fonseca, o problema no Brasil é que os veículos não assumem uma posição. Considerando os temas mais apropriados (“família” e “ética”) para um jornal como a Folha Universal, distribuído nas igrejas, Fonseca afirma que no semanal tem toda a liberdade para trabalhar. Conta de pautas que conseguiu fazer, como denúncias sobre a retirada de moradores de rua com esguicho d’água em São Paulo e sobre tortura, que não passaria em qualquer outro meio de comunicação. “(A Folha Universal) é o veículo que tenho menos interferência editorial na minha vida”, declarou o jornalista, que tem experiências no Estadão, Jornal da Tarde, Portal Terra, revista Brasileiros, e Diário do Povo, de Campinas, no interior de São Paulo.
Texto completo no Comunique-se.
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