Para se atingir um corpo funcional, deve-se dedicar a incontáveis repetições do mesmo gesto, suportar a dor e o cansaço, elementos próprios do treinamento esportivo, e tal dedicação revela traços de masoquismo. Mas, o culto ao domínio do próprio corpo, às custas de seu embrutecimento, pode ser a expressão da dificuldade de se suportar o corpo flexível, o corpo descoordenado, o corpo deficiente, não disciplinado, que porta algum traço de fragilidade. O culto desmedido à força física e ao ídolo esportivo parece revelar a sua contra face, o recalque do corpo frágil, cujo conteúdo reaparece nas ações violentas contra os fracos, no preconceito contra os deficientes, expressões do sadismo presente na formação cultural.
Leitura completa do artigo de Ricardo Casco AQUI.
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