De acordo com a carta, datada de fevereiro do ano passado, o hoje senador Cossiga afirmou ter existido um acordo para, em um instrumento de “luta psicológica, fazer passar os subversivos de esquerda e os subversivos de direita como simples terroristas, ou absolutamente como criminosos comuns”.
Cossiga começa o texto lembrando que nas décadas de 70 e 80, quando foi primeiro-ministro e ministro do Interior, foi um “duro opositor da subversão de esquerda e de direita” e que por ter usado “meios fortes” para reprimi-la, passou a ter seu nome redigido com ‘k’ e com letras ‘s’ em estilo rúnico, que remetiam ao nazismo.
O ex-presidente ressaltou ainda que os delitos cometidos pelos militantes não podem ser considerados transgressões comuns. “Os crimes que a subversão de esquerda e a subversão de direita cumpriram, são certamente crimes, mas não certamente ‘crimes comuns’, porém ‘crimes políticos’”.
Ao final, Cossiga autoriza Cesare Battisti a utilizar a carta como desejar, inclusive com valor jurídico.
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