sábado, 10 de janeiro de 2009
Nota de Esclarecimento: Renata Malkes
Nunca trabalhei no governo de Israel, tampouco servi no Exército israelense ou mesmo fui presa no Líbano. Ao chegar em Israel, tive sim vontade de ingressar nas Forças Armadas para compreender melhor, por dentro, o funcionamento desta complexa máquina de guerra, mas desisti e resolvi continuar fazendo jornalismo, que é o que faço melhor.
Quem pensa muda. E, como podem ler neste link, também sempre admiti ter vergonha de determinadas posições que tive no passado. A vivência diária do conflito me fez abrir os olhos e ampliar minha percepção acerca dos fatos e do significado do sentimento de humanismo.
A nota completa, no blog dela, n'O Globo online. A foto, com a equipe de trabalho, veio do álbum pessoal dela no Flickr. Um dos membros da equipe se chama Tariq.
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9 comentários:
Pois é, pessoal, mais célebro, menos figo.
Ou posto de outra maneira, se vamos destruir a reputação de alguém que conhecemos pouco, pelo menos vamos dar a esse alguém o direito de se defender. :)
Está respondido e está bem respondido. No entanto, não muda o fato de que não tem a imparcialidade para cobrir a guerra. Ela também não comenta, no esclarecimento, sua participação no esforço do Estado de Israel para melhorar sua imagem no mundo (também desistiu na hora H?). Aliás, não explica como, se o serviço militar é OBRIGATÓRIO para israelenses e descendentes dentro de Israel, se safou do serviço.
Mas quero voltar à questão da imparcialidade. Você gostaria de ver como moderador de um hipotético debate presidencial entre Dilma e Serra, no segundo turno de 2010, o Ricardo Kotscho? Ninguém duvida das qualidades profissionais dele, e mesmo de sua honestidade, mas você gostaria de ver isso? Eu não. E não gosto de ver a Sra. Malkes como correspondente do Globo, com o passado que tem. Não duvido de sua competência, mas ela está errada, assim como o Globo está errado em mantê-la. Seu esclarecimento é sereno e demonstra um empenho óbvio em desqualificar o que foi levantado sobre ela. Mas há buracos e o maior é que ela não trata do mais importante. A velha questão da mulher de César. Abraços a todos e paz.
Imparcialidade no caso dela é bem complicado. Afinal ela tem ascendência judaica e mora no estado de Israel. Ela só precisa ter integridade suficiente para uma palavra equilibrada.
Pelo que foi dito inicialmente sobre ela, parecia um Mainardi do sexo feminino, e isto ela não é. Ela não gosta de ir a Hebron, por causa do clima pesado na cidade, por conta dos colonos, que deveriam ser piedosos, e são dos mais afrontosos incitadores do ódio na cidade.
Hoje em dia temos acesso a notícias da BBC e da Al-Jazeera. Não acredito na imparcialidade de nenhuma delas, mas acho bom ter acesso ao que elas dizem.
Ah sim. No esclarecimento ela não nega o que escreveu, mas informa que mudou. Neste caso, a mudança parece que foi para melhor.
Prezado,
Não tenho nenhum objetivo de julgar a moça em si. Tenho opiniões, pessoais, sobre ela, mas isso não interessa a ninguém. O que acho é que ela e o Globo erraram e continuam errando. E a mensagem dela, a mudança de opinião (se verdadeira), não muda NADA. Para um exercício simples, o que essa moça, em seu íntimo, pensaria de um jornal que contratasse um BRASILEIRO, filho de palestino, EX-militante do Hamas, autor em sua juventude de textos contra os judeus, para cobrir o conflito. O que todos nós pensaríamos desse jornal. Fica aí a sugestão.
Taí. Boa questão.
De qualquer modo, em uma guerra nada é imparcial.
A questão não é se ela tem imparcialidade ou não: de resto o Globo tbem não possui> penso q ninguém, é imparcial. Aliás para atingir a verdade nesse caso é preciso PARCIALIDADE. Malkes pode ser sionista e portanto parcial tbém, só q sua parcialidade levará á ocultação da realidade.
O exercício proposto por RC é lapidar. Não há como aceitar passivamente a visão da moça sôbre o conflito naquela região.
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