segunda-feira, 29 de junho de 2009

Um drama particular, uma tragédia coletiva


Gilberto Mendes, 50, é um senhor bem alinhado. Faz a barba toda semana, e sua camisa nunca está amassada ou para fora das calças. Para se proteger do frio, veste um casaco de couro que se estende até as canelas. A única coisa que parece destoar de seu traje é o boné preto que leva na cabeça. Quem o vê em uma esquina do bairro Santana fumando cigarro de palha dificilmente imagina que ele dorme ali mesmo, naquela calçada.

Nascido em Bagé, Gilberto mora em Porto Alegre desde os dois anos de idade. Fala devagar, tem bom vocabulário e se articula com facilidade. Diz que já fez muita coisa nessa vida. Vendeu quindim, fez chapeação numa oficina, fabricou cocada, teve um restaurante e foi proprietário de quatro caminhões de mudança. Continue a ler aqui, no Jornal Já.

A pesquisa Mundo da População de Rua realizada pela UFRGS identificou 1.203 adultos perambulando pela cidade, cinco vezes mais do que em 1995, quando 222 pessoas foram cadastradas. Saiba mais sobre esta tragédia coletiva nesta outra reportagem do Jornal Já.

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