Dos 779 presos – suspeitos de terrorismo, simpatizantes do al-Qaeda ou considerados inimigos do exército americano – no centro de detenção americano na Baía de Guantánamo, em Cuba, apenas um era jornalista. O sudanês Sami al-Haj trabalhava para a al-Jazira como cinegrafista quando foi parado por forças paquistanesas na fronteira com o Afeganistão, no final de 2001. O exército americano o acusou de, entre outras ações, falsificar documentos e entregar dinheiro para rebeldes chechenos, embora ele nunca tenha sido incriminado formalmente por nenhum crime durante os anos que ficou sob custódia.
Agora, mais de um ano após ter sido solto, Haj está de volta ao trabalho na rede de TV árabe, chefiando uma seção destinada a direitos humanos e políticas públicas. "Quis falar por sete anos, para compensar os sete anos de silêncio", contou. Desde os ataques do 11/9, para os telespectadores da al-Jazira no mundo árabe nada prejudicou mais as percepções dos EUA que a prisão da Baía de Guantánamo. Por isso, Haj – que preparou uma série de seis episódios sobre ela após ter sido solto – é uma arma potente para a rede.
Continua no Observatório da Imprensa.
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