quinta-feira, 29 de abril de 2010

A Cancún que ninguém vê fala 50 línguas 'proibidas' e não pode ir à praia

“Isso aqui é a Pequena Miami”, brinca o ativista Alejandro Eguiá Liz, diretor da ONG Tzol K’in, que trabalha com mexicanos que sofrem com os impactos do turismo. Ele aponta para a zona hoteleira: uma faixa de 17 quilômetros que margeia a praia com hotéis como Mariott e Hilton, além de resorts como “Casa de los Sueños Resort”, “Crown Paradise” e “Moon Palac”, cujos valores de diária podem chegar até cinco mil dólares. A zona hoteleira também oferece bares consagradas nos EUA, como Hard Rock Café e Hooters, boates e lojas de luxo como Armani, Cartier e Dolce & Gabanna. 

Segundo o Instituto Nacional de Estatística e Geografia do México, 67% dos turistas que chegaram à região em 2008 se hospedaram em hotéis cinco estrelas, e outros 14% em hotéis de quatro estrelas. 

“Nós vivemos muito longe de Deus e muito perto dos EUA”, brinca Alejandro com a citação do ditador mexicano Porfirio Díaz, ao explicar que os habitantes não têm acesso às praias da cidade. “Cada hotel tem sua faixa de areia com serviço de bar e restaurante. As entradas, obrigatórias por lei, são de difícil acesso”.

Confira o texto completo no Operamundi

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