segunda-feira, 26 de abril de 2010

Editorial da Carta Maior

"Primeiro, o lobo disse que o Mercosul era uma farsa e deixou subentendida a disposição de desmontá-lo. Como pegou mal dentro e fora do Brasil, o cordeiro usou então a edição de domingo da Folha para mitigar o estrago e imprimir seu recado em manchete de seis colunas: ‘Não quero acabar com o Mercosul’, acenou com patas de algodão, para em seguida cutucar com garras ardilosas: ‘o Mercosul deve ser flexibilizado’. ‘Flexibilizar’; ‘desregular’; ‘privatizar’ são pilares da santíssima trindade do conservadorismo na sua cruzada pró- mercados selvagens. ‘Flexibilizar o mercado de trabalho’, por exemplo, significa desmontar as conquistas históricas dos trabalhadores –algo que Serra já ensaiava na Constituinte (vide anais do Diap). ‘Flexibilizar’ o Mercosul, como defende agora o candidato da coalizão demotucana, implica nada menos que eliminar a TEC --a tarifa externa comum, uma proteção multilateral dentro do bloco para evitar que qualquer um de seus membros se transforme em cavalo de Tróia de importações destrutivas para os demais. Na eterna ambigüidade de quem não pode dizer a que veio, Serra, de um lado, critica a valorização do Real pelo incentivo a importações desmesuradas; de outro, sinaliza o fim da TEC que reduziria o Mercosul a um túnel de vento da invasão de mercadorias chinesas no Brasil"

Vejam em CARTA MAIOR

Nenhum comentário: