É fascinante essa transição para os novos tempos. Permite testemunhar, em tempo real, a reedição de processos históricos dos quais só se sabia pela memória dos sobreviventes ou por relatos parciais.
Refiro-me ao processo de alimentação do golpismo.
Sou uma testemunha quase privilegiada da época porque muito jovem – em 1964 tinha 14 anos – e recebendo todo o influxo de informações de vários circuitos. De um lado, o udenismo avassalador – influência do meu avô materno. De outro, a posição liberal de meu pai. E, finalmente, os conflitos no Colégio Marista e nas Semanas do Estudante.
Em 1963, com treze anos, recebia informações através do Ibad (Instituto Brasileiro de Ação Democrática), de uma revista (da qual não me recordo o nome agora) que defendia o privativismo contra a sanha estatizante do governo. Qualquer episódio, por menos relevante que fosse, servia de álibi para manifestações da classe média contra...o governo.
Confira as memórias do Luís Nassif, no blog dele.
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