domingo, 3 de abril de 2011

Mensalão requentado

A revista Época se esforçou. A capa desta semana, assinada pelo ex-garoto prodígio da Veja e bolsista do Millenium, Diego Escosteguy, traz aquela linguagem entre barroca e cínica que se tornou marca registrada nas reportagens sobre o mensalão. A matéria, com base no relatório da Polícia Federal enfim concluído, traz uma ou duas novidades, as quais, porém, são tão ansiosa e descaradamente aditivadas com molho velho que perdem todo o sabor. A imagem que me vem é a de uma sopa guardada há semanas na geladeira, a qual lançamos dentro uma cenoura cortada para que pareça fresca.

A escassez de fatos novos no relatório da PF decorre do fato de que o mensalão foi o escândalo mais devassado da história política brasileira. Tivemos várias CPIs, com quebra de sigilos telefônicos e bancários. A imprensa deslocou o grosso de seus efetivos para investigar todos os ângulos do episódio. E a pressão midiático-política da oposição, que chegou a ameaçar a estabilidade institucional, conseguiu, desde o início das investigações, monitorar, vazar e divulgar os resultados parciais dos relatórios da Polícia Federal. Pesquisando rapidamente na internet, descobre-se que praticamente todas as informações apresentadas na matéria já eram do conhecimento público desde 2005, embora sem a credibilidade conferida pela investigação profissional.

Vejam o texto completo no blog ÓLEO DO DIABO

2 comentários:

Fidel disse...

La Policía Federal descubrió que el dinero que el régimen terrible de la corrupción electoral y política provenía de las arcas del Estado durante el gobierno de Lula, a través de PT.

zejustino disse...

Ô Fidel! O governo Lula, então, fez uma porção de contratos antes de 2003 com o tal sujeito lá de Minas para utiliza-lo em 2003 naquele caixa 2 chinfrim que você e uma porção de beiçudos chamam de "mensalão"?

Vá aprender a ler primeiro e depois venha discutir como adulto.