terça-feira, 28 de junho de 2011

A boneca

Quando cruzou o povoado, o soldado Carpenter ia na escotilha superior de seu carro de combate.
Viu uns meninos jogando bolas de gude, para os quais um comboio de guerra já não era uma novidade.
Sozinha, uma menina que abraçava uma esfarrapada boneca levantou o braço para saudar Carpenter.
Dois dias depois, obrigados a retroceder devido a uma mudança de estratégia, voltaram a cruzar aquele povoado já convertido em escombros.
Carpenter deteve seu veículo uns instantes, saiu pela escotilha superior e observou como um cão mordiscava uma boneca manchada de sangue.


Visto no blog BARATARIA e em TORTUGA-Grupo Antimilitarista

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