Ele foi o único habitante deste planeta que conseguiu acreditar com a mesma sinceridade em Marx e na Menininha do Gantois. Muitos não admitem essa intimidade de Jorge com o marxismo, ao qual aderiu mais com o coração do que com a cabeça. E sua literatura também foi assim. Nada de papo cabeça. Papo coração.
Suando baianidade, melado pelo ouro do cacau, ele foi uma mistura de pai de santo e pajé, um pajé que sabia contar histórias bonitas para a imensa taba global onde à noite, se alguém era capaz de duvidar, ele repetia com astúcia: "Meninos, eu vi!".
O texto de Carlos Heitor Cony, sobre o centenário de Jorge Amado, está na Folha.com . Sempre considerando o "paywall" da Folha.
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