DEBATE ABERTO
Os grandes agronegocistas brasileiros estão pressionando o
governo e o Congresso, a fim de que sejam abolidas as restrições (já de
si débeis) à aquisição de terras nacionais pelos estrangeiros. Eles
querem ganhar, ao se associarem aos capitais de fora ou participando da
especulação de terras.
Mauro Santayana
Há cem anos, sobre um vasto território entre
o Paraná e Santa Catarina, uma empresa norte-americana, a Southern
Brazil Lumber & Colonization, reinava absoluta. Com a maioria de
empregados norte-americanos, contratados por Percival Farquhar, que
pretendia transformar o Brasil em vasta empresa de sua propriedade, a
Lumber abatia todas as árvores de valor comercial, da imbuia à
araucária. Todas as manhãs, ao som de um gramofone, os empregados –
incluídos os brasileiros – reunidos na sede da empresa, em Três Barras,
entoavam o hino norte-americano, The Star-Spangled Banner, enquanto a
bandeira de listras e estrelas era hasteada. Ao anoitecer, repetia-se a
cerimônia, ao recolher-se o pavilhão. Ali mandavam e desmandavam os
ianques. O imenso espaço em que se moviam os homens de Farquhar estava
fora da jurisdição brasileira.
Vejam mais em CARTA MAIOR
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