domingo, 30 de setembro de 2012

Jornalista francesa denuncia crimes sexuais de Kadafi

Para os admiradores do falecido Coronel Kadafi, sobretudo aqueles que gravitam na galáxia da esquerda global e tinham por ele uma devoção irretocável, o livro da jornalista francesa Annick Cojean vai cair como uma bomba. Aos demais amigos de Kadafi, ou seja, os empresários ocidentais que fizeram negócios enormes com ele nos últimos 10 anos, a obra talvez os deixem pasmos. Ao largo de uma investigação alucinante, Annick Cojean revela a densidade íntima do falecido coronel. Assim como dele, de outro presidente falecido, o iraquiano Saddam Hussein, muito se sabia sobre as andanças e as perversões de seus filhos, mas pouco de sua intimidade.

A jornalista francesa apresenta um cenário que torna as orgias do ex-presidente italiano Silvio Berlusconi brincadeiras de crianças no jardim da infância. Kadafi jogava com o sexo, a vida ou a morte, sequestrava adolescentes, violava seus próprios ministros e determinava a criação de bordeis pessoais até mesmo no interior da Universidade de Trípoli. Annick Cojean não escreveu mais um desses livros formados com informação pusilânime, tirada da internet, mas com informações obtidas in loco, com testemunhos que aparecem em “Les Proies. Dans le harem de Kadhafi”[As Presas. No Harem de Kadhafi], ed. Grasset. O relato de Soraya – uma das vítimas sexuais de Kadafi – que abre o livro leva o leitor às páginas mais duras da obra do Marquês de Sade. Kadafi foi um seguidor deste que, em suas práticas, superou o divino marquês. Fez do sexo uma arma política de submissão e abuso.


Confira na Agẽncia Carta Maior

Um comentário:

zejustino disse...

"Para os admiradores do falecido Coronel Kadafi, sobretudo aqueles que gravitam na galáxia da esquerda global e tinham por ele uma devoção irretocável..."

É uma afirmação tosca e deixa a suspeita que a senhora que escreveu frequenta os guiches de pagamentos da OTAN.
O que a esquerda questionou -e ainda questiona no caso da Síria- é a INGERENCIA estrangeira que -quando se trata da OTAN- leia-se crimes de guerra, assassinatos, bombardeios "cirúrgicos" com massacre de grupos de crianças, mulheres e homens inocentes que foram vistos pelos drones como grupos de terroristas.

Todos sabiam que o Khadaffi era um degenerado A SERVIÇO DOS CRIMINOSOS DE GUERRA de Washington. A Líbia figurava como um dos lugares onde prisioneiros islâmicos da CIA e dos contratistas (mercenários) eram torturados sob as ordens de Washington.

Trata-se da ingerencia do Império sobre os países e povos que ele pretende saquear para tentar tapar os rombos do capitalismo e se apossar de fontes de energia.

Finalmente, tratava-se de defender o povo Líbio que, aliás, tinha padrão de vida(IDH) -conforme a ONU- muito melhor do que a dos países que mandaram seus mercenários para a invasão da Líbia. O povo Líbio que derrubasse o Khadaffi e resolvesse SOZINHO seus problemas. Não foi o que aconteceu e todos nós sabemos disso.