Estávamos no século passado, eu andava por Washington, pela Isto É
Dinheiro, e duas coisas me chamaram a atenção: a voz do Jorge Ben,
saindo às alturas de uma caixa de som em um boteco próximo ao hotel, e a
excepcional performance de um músico num bar de Jazz cahamado Café
Lautrec, tocando… bossa nova. Já no fim da viagem, eu e o Régis,
fotógrafo, conversávamos num sebo na entrada de Georgetown e a
vendedora, espanhola, perguntou se éramos brasileiros. Havia reconhecido
o sotaque porque amava a música do Brasil.
É um ativo poderoso esse patrimônio musical brasieiro, até agora só
usado com avassaladoras consequências geopolíticas, que eu saiba, para
sustentar um cacho de bananas sobre a cabeça de Carmen Miranda durante a
Guerra Fria, e para inundar elevadores com bossa nova executada no
estilo muzak, abalando, inadvertidamente, os fundamentos do bom gosto na
civilização judaico-cristã.
Continue lendo no blog do Sérgio Léo, em O Pensador Selvagem.
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