Momentos antes de chegar ao cais do Porto de Paranaguá, no Paraná, maior terminal graneleiro da América Latina, os transportadores da soja brasileira exportada parecem sabotar a própria carga. Sobre os caminhões repletos lançam uma sacai de grãos geneticamente modificados, o que invariavelmente levará o carregamento a ser classificado como transgênico e obrigará o produtor a pagar royalties pelo uso da tecnologia.Agência Estadual de Notícias - Manchetes - Porto de Paranaguá - Paraná ganha com restrição à exportação da soja transgênica
A mistura proposital dos grãos tem sido, para uma parcela crescente de agricultores, um atalho perverso para o escoamento da produção. O produtor que se declara usuário de semente transgênica paga 2% de royalties, enquanto os apanhados de surpresa pelo teste na entrada do porto são taxados em 3%, mais as despesas da análise. Como mesmo quem tenta se manter no cultivo tradicional não consegue ter garantias de que as sementes usadas estão livres de contaminação, boa parte opta pelo caminho menos burocrático, o de maquiar a soja para escapar da cobrança mais agressiva do royalty.
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