Centenas de moradores de uma pequena cidade no Pará, incluindo dezenas de madeireiros com caminhões, carros e motos, fizeram nesta quarta-feira um cerco a oito ativistas do Greenpeace na sede local do Ibama, a 700 km sudoeste de Altamira.
"A situação está muito tensa", disse André Muggiati, do grupo ambiental, por telefone de Manaus. "Nossa equipe não pode sair porque não há segurança."
A polícia de Altamira não atendeu aos telefonemas para falar do caso.
Os madeireiros exigem que o Greenpeace deixe para trás um tronco de árvore de 13 metros que estava levando para uma exposição sobre o aquecimento global em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Cerca de 30 madeireiros no povoado de Castelo dos Sonhos, município de Altamira, bloquearam o comboio do Greenpeace na terça-feira com dois caminhões, obrigando os ambientalistas a buscar refúgio no escritório do Ibama.
O incidente, o segundo em quase dois meses relacionado ao Greenpeace na Amazônia, destaca a violência que costuma marcar conflitos em torno dos recursos naturais, envolvendo proprietários de terra e madeireiros de um lado e agricultores e índios do outro.
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