Na London Review of Books, o escritor Jim Holt faz as contas para chegar a uma velha conclusão: o Iraque foi mesmo invadido por conta do petróleo. São 115 bilhões de barris em reservas conhecidas e outros 220 bilhões estimados. É um quarto do petróleo do mundo. Hoje valeria US$ 30 trilhões. Washington imagina que gastará US$ 1 trilhão com a guerra.
O projeto de lei que regulariza a exploração de petróleo e que circula no Parlamento Iraquiano passa quase toda operação para companhias estrangeiras.
Quanto à conversa de que as tropas deixarão o país, nada é de todo sincero embora se preste bem à campanha eleitoral. Neste exato momento, sem que a imprensa faça muito alarde, estão sendo construídas cinco superbases militares auto-suficientes no Iraque. Uma delas, a 20 quilômetros de Bagdá, é uma fortaleza com um típico subúrbio dos EUA dentro. Descoberta pelo Washington Post, tem lanchonete, mini-golfe, cinema, um campo de futebol americano. É onde ficarão, segundo o governo Bush talvez até por décadas, as ‘forças residuais’ que manterão a vigília da Mesopotâmia.
Do blog do Pedro Dória.
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