Trecho do editorial do jornaleco da Azenha de hoje, exaltando como "experiência inovadora" o projeto das OSCIPs, recém aprovado pela Assembléia farrapa:
"O recurso às parcerias com o setor privado só se justifica se implicar diminuição da burocracia no fornecimento de um determinado serviço, com redução de custos para o poder público e melhoria da qualidade para o consumidor final. Obviamente, esse tipo de inovação irá se chocar sempre com os interesses de corporações influentes de servidores, na maioria das vezes mais preocupados em garantir privilégios do que em contemplar com eficiência as aspirações dos contribuintes" (Os grifos são meus).
Bem, se alguém ainda não sabia o que o Grupo RBS pensava sobre a maioria dos servidores do funcionalismo público gaúcho, que ao contrário dos jornalistas de ZH não precisam lamber as botas de ninguém em função do fato de terem sido aprovados em transparentes concursos públicos, o texto acima, extremamente preconceituoso, generalista e rançoso, acaba de deixar isso bem claro.
A maioria dos professores da rede estadual e da Uergs, dos servidores da saúde, do judiciário e do ministério público gaúcho, bem como de toda e qualquer área pública, seja estadual ou não, ingressa no serviço público mais com o objetivo de garantir privilégios do que contemplar com eficiência as aspirações dos contribuintes. Isso de contemplar com eficiência as aspirações alheias só quem faz é a iniciativa privada, claro. É por isso, e não pelo lucro, que as corporação privadas existem. O sentido da existência do Grupo RBS é contemplar com eficiência as aspirações alheias, inclusive.
De La Vieja Bruja.
Um comentário:
E dizer que ainda tem funcionário público que assina esta joça.
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