Dona Flora Martinelli, residente no bairro de Ponticelli, em Nápoles, colocou a filhinha Camilla, de seis meses, no berço, e quando voltou da cozinha a neném não estava no quarto e a porta de casa estava aberta. Corre para fora e vê uma cigana que desce as escadas com o bebê nos braços. Sai atrás da mulher, pega de volta à força sua filha no portão do edifício, o berreiro das três atrai uma multidão que quase lincha a cigana. Chega a polícia e leva a mulher para a prisão, ela diz que se chama Maria ou Angélica, a televisão conta a notícia. Aí começa uma reação popular que em mais de 30 anos de vida na Itália eu nunca tinha visto: um grupo de napolitanos assalta os seis acampamentos de ciganos da zona, pedindo justiça sumária.
Mais sobre a onda de xenofobia na Itália, no Terra Magazine.
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