A física brasileira Patrícia Camargo Magalhães viajou no sábado a Portugal, a convite da Universidade de Coimbra, para realizar um seminário a partir do trabalho que não conseguiu expor em um congresso internacional em fevereiro deste ano por ter sido barrada em Madri durante escala do seu vôo. Patrícia foi impedida pelas autoridades espanholas de continuar viagem sob a alegação de documentação insuficiente e forçada a embarcar de volta para o Brasil.
A física relatou pela internet as 50 horas em que ficou detida no aeroporto de Madri com cerca de 100 pessoas, entre latino-americanos e africanos, em condições que considerou humilhantes. A denúncia mobilizou a imprensa, chocou a comunidade acadêmica, gerou um incidente diplomático e retaliações de autoridades da imigração brasileira, além de uma aparente melhora do tratamento a imigrantes na Espanha.
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