Coluna de Ignácio Ramonet
Ocultam que emenda venezuelana inclui postulação para todos os cargos.
O escritor, jornalista e ex-diretor do diário francês Le Monde Diplomatique, Ignácio Ramonet disse que os meios internacionais ligados as cadeias mais endinheiradas do mundo, estão dando conta da proposta de emenda constitucional na Venezuela de maneira que esta se entenda como um feito que beneficiaria só o presidente Hugo Chávez frias e não a todos os funcionários eleitos por votação popular.
Vejam o texto completo no Patria Latina
2 comentários:
O texto de Ramonet é interessante, mas convém levar em consideração que os governantes por longo período da Europa são todos primeiros-ministros ou equivalentes (o chefe de governo da Espanha é chamado de "presidente do conselho de ministros"), eleitos com base em bancadas parlamentares. Como a baronesa Thatcher ficou vários anos, mas acabou trocada por John Major do mesmo partido conservador.
Falar em Mubarak, que de fato não preocupa o Departamento de Estado, não vale. É ditadura amiga dos Estados Unidos, como a Arábia Saudita, e outros. Se o ditador for aliado, para os Estados Unidos não tem problema.
Mas estamos falando aqui em Venezuela. Houve dois momentos que poderiam ser avaliados como reeleições indefinidas, com governos presidencialistas nas Américas. Porfírio no México e Franklin Roosevelt nos Estados Unidos.
Se, por um lado Roosevelt foi muito bom para os Estados Unidos, Porfírio trouxe uma modernização conservadora e repressora para o México do final do século XIX e início do XX, concentrando cada vez mais poder em suas mãos e reprimindo a oposição.
Me parece que o presidente Chávez precisa dar espaço para que novas lideranças surjam, para que este socialismo do século XXI possa continuar se eventualmente acontecer algo ao atual presidente. O que me parece daqui, é que o presidente concentra tudo em suas mãos, e sufoca quaisquer lideranças que poderiam ajudar, mas que também poderiam lhe fazer alguma sombra.
Não sou eleitor venezuelano, mas acho que esta emenda não deveria ser aprovada.
Mas o povo venezuelano decidirá.
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