"A Tailândia está na iminência de ser um país excepcional tão mundano quanto outros países", diz Jakrapob Penkair, um dos líderes mais importantes das forças hoje aliadas contra Abhisit. "A transição consiste no fato de as pessoas estarem acordando para os seus direitos. A igualdade parece ser algo novo na Tailândia."
De um lado do abismo político estão os chamados "camisas vermelhas", que tradicionalmente são apoiados pelas áreas rurais e mais pobres da Tailândia. Seu líder, Thaksin Shinawatra, um bilionário das comunicações, conquistou o apoio de uma classe que há quatro anos vem sendo excluída da equação política da Tailândia, fornecendo assistência médica barata, melhorando a educação e persuadindo-os a ignorarem seu autoritarismo e acusações de corrupção.
Entretanto, essas falhas irritam a classe média e os centros de poder tradicionais - os quartéis, comitês e palácios de Bancoc - que apoiam a elite do país e que retiraram Thaksin com um golpe em 2006.
Abhisit chegou ao poder depois de uma votação parlamentar controversa em dezembro passado na qual persuadiu muitos dos aliados de Thaksin a passarem para seu lado. A oposição diz que o exército negociou o acordo, tornando o governo ilegítimo segundo sua perspectiva.
O texto completo, e bem elucidativo, é do Financial Times, republicado no UOL.
3 comentários:
Esta situação na Tailândia me lembra o Brasil pré-golpe de 1964.
De um lado tem o povo oprimido que vai atrás da única voz que resolveu os ajudar. Do outro, uma classe média amedrontada com o fato de perder o poder sobre os mais pobres.
Por aí...
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